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domingo, 31 de julho de 2011

Ainda assim.

Não me busque no centro do seu querer
Não sou projeção de ninguém
Não pertenço a você, não pertenço a ninguém
Meu pilar não se pode abraçar, nem deslocar
Está preso ao calcanhar dos meus pés
Apenas eu os transporto e comando
Não espere de mim sua ilusão
Não creia na nossa unilateridade
Sua face esbarra nas minhas costas
Seu beijo (agora?) é desencontro do meu
Não espere meu sorriso ao te ver
Meu coração não faz meus olhos brilharem, com os seus.


22/07/11

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Doces Olhos de Alguém

Seus olhos tão doces carregam um magnetismo invencível
Não consigo deixar de olhá-los
Será que um dia eles também vão me ver?
Seu rosto deixa transparecer simplicidade exarcebada e uma grande doçura
Será que um dia poderei sentí-la?
Seu corpo contrasta com a meninice do seu sorriso... homem, menino... feliz oxímoro!
Oxímoro que minha razão sabe não poder possuir
Mas que meu coração não para de sonhar
Dentes tão límpidos, que brilham em parceria com o olhar
Não canso de repetir o quão doce que é
Será que um dia vai me decifrar?
Ou, ao menos, me notar?
Saudade do tempo em que o tive ao meu alcance, sem saber o que sei, sem pensar no que penso,
Sem nem o conhecer.
Faria alguma diferença atualmente?
Com meu rosto mais adulto, com meu corpo mais crescido, com minha alma mais madura?
Novamente, razão e coração brigam
Um sabendo que não, o outro acreditando que sim
Seus lábios aparentando ser tão suaves...
Será que um dia, com os meus, poderei tocá-los?

30/06/06