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domingo, 6 de novembro de 2011

Modo de falar, modo de ser.

Eu sei que todas as pessoas colocadas na nossa vida têm a principal função de nos ensinar algo, assim como sei que nossa individualidade, personalidade e nossas particularidades também ensinam algo às pessoas com quem convivemos. Acredito que o principal objetivo de Deus quanto a nos relacionarmos é justamente esse: aprender uns com os outros e crescer maduramente juntos. Posso estar errada quanto a essa prioridade, mas isso, com certeza, é um fato. O que não entendo é por que uns escondem tanto seus olhos atrás de sua idade, que é maior, ou atrás de uma posição, que supões mais sensatez e autoridade, apenas para não enxergar seus erros. E, quando alguém os enxerga, sua sensatez e maturidade escondem-se em algum lugar longe de si, e não conseguem aceitar que há a mínima possibilidade de estarem mesmo errados. É como no filme Matilda: “Eu sou grande, você é pequena. Eu estou certo, você está errada.” Nunca me esqueço dessa cena, porque ela se repete inúmeras vezes fora da TV e, nós somos os personagens. Às vezes a Matilda, às vezes o pai dela.

Muitos aqui sabem da minha paixão por palavras. Em poesias, em músicas, em livros e, corriqueiramente, sonorizadas por todos nós. E acredito também que todos saibam da importância que elas têm para determinados momentos, para determinadas pessoas... Mas, acima de qualquer coisa, para mostrar quem somos. O que sai de nossa boca é o esboço quase nítido do que sentimos ou pensamos – e isso externa muito de nós. Mas o MODO como essas palavras saem e são expressas, o modo como a nossa voz se articula para dizê-las, o modo como esses fatores fazem uma conversa, isso sim mostra quem somos. Se você não é capaz de conversar a respeito de qualquer coisa, inclusive, quando criticado ou quando quer criticar, sem alterar seu tom para algo mais agressivo ou sem querer escutar o outro, sinto muito, mas isso me diz mais sobre você do que você imagina. Me diz que há algo de errado e que necessita de mudança. Agora, se acha que é assim que deve ser, sinto muito novamente, mas devo lhe avisar que nem todos têm a mesma opinião e nem todos sentem-se obrigados a “conversar” com ninguém de maneira desagradável.

Deus nos chama atenção para a necessidade de sermos humildes e atentos a erros que cometemos. Eu mesma admito minha impulsividade, impaciência e, muitas vezes, orgulho. Mas, de uma coisa sou capaz: escutar qualquer crítica ou qualquer outra coisa, sem me alterar e respeitando o espaço de voz de cada um. Radical demais? Pode ser. Mas, tenho certeza de que vou escutar e aprender com quem aparecer na minha vida para isso. Pronto. Desabafo feito.

P.S.: Não ache que escrevi isso por você, eu escrevi isso por mim.