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terça-feira, 10 de abril de 2012

fadas não existem.

Aí a gente acaba sendo aquilo contra o que sempre lutou. Como naquele dia, em que, na escola, o menino que a gente gostava acha uma outra menina mais bonita. Mas isso não foi tão ruim. Não vai acontecer de novo, porque a gente está se resguardando. Então, anos depois, aquele garoto que, sem saber, nos fazia sentar na arquibancada do colégio e assistir a um jogo de futebol, aquele mesmo garoto que atraiu nossos passos na multidão durante aquela festa, aquele mesmo, cujo sorriso grande e risonho animava a qualquer ser passante, começa a namorar uma garota que não é você. Ou aquele outro, que era nosso inimigo-mirim na segunda série, que reaparece no seu convívio - dessa vez lindo, gentil, atencioso e inteligente. E, com algum tempo de amizade, você se vê apaixonada. Apaixonada por aquele canhoto chato que te enchia o saco aos sete anos. Os anos passam, o sentimento fica. E o objeto de seus pensamentos torna sua amiga o objeto dos pensamentos dele. Tudo bem. A vida não é mesmo um conto de fadas. Ou pode ser, mas apenas nos contaram e lado bom e fantasioso do mundo delas. Acredito que nem as fadas são privilegiadas com tantos e unânimes finais felizes. Se são, gostaria de de ser uma. Mas fadas não existem. Só a vontade infinitamente forte de que seus contos sejam esboços fiéis das histórias de nossas vidas.
?/03/12

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