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segunda-feira, 9 de abril de 2012

filho de peixe que trai peixinho traidor é.

São prantos regando o nada, mentiras se tornando verdade. Quando aquele amor jurado para uma vida se torna falso? Em que momento se cruza a linha e não se olha para trás? Em qual momento a decisão de se deixar a esperança deve ser tomada? Qual foi o momento em que se deixa de ser amada e se torna a moça traída, que não acredita no que acabou de acontecer e nem em como aconteceu? Em que momento o chão se escondeu de seus pés e levou consigo todas as respostas? Antes do agora todas e tantas perguntas surgiram! Mas quando foi? Quando a consideração, a lealdade e o amor evaporaram do caráter dele, como se fossem gotas d'água em um dia de extremo calor? Quando o calor se tornou algo tão forte para acabar com essas três coisas, tornando-as apenas em gotas de água na superfície do asfalto? Elas eram reais ou minha visão que estava enganada? Vendo turvamente, mas achando que as formas fossem mesmo sinuosas e de cores diluídas. A culpa foi minha, que não usei óculos? Às vezes penso que deveria parar de pensar, mas as perguntas continuam insistindo em permanecer em mim. E as respostas continuam escondidas, assim como o chão. Às vezes penso que as perguntas não teriam nascido se, desde o início eu tivesse lembrado que filho de peixe peixinho é. E quem trai uma vez trai mil. Trai com qualquer uma, com qualquer desconhecida. E depois a escolhe para substituir alguém que nunca terá substituição - ou nunca teve qualquer importância. Tal pai, tal filho. Seria esse um novo caráter se formando ou apenas o caráter verdadeiro querendo, finalmente, mostrar-se para o mundo?
07/04/12

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